Saiba qual você precisa desejar para 2020 além de "amor, saúde e muito dinheiro no bolso" para que o Ano Novo não repita as mesmas velhas promessas nas urnas
A menos de 24 horas do encerramento de 2019 – o primeiro do mandato do governo Bolsonaro – o brasileiro, satisfeito ou não com o andar da carruagem política e econômica, prepara-se para celebrar o Ano Novo que há de nascer na esperança de dias melhores em mais de cinco mil municípios espalhados pelo país.
Embebecidas pelo espírito desta época, as pessoas costumam trocar seus votos de “amor, paz, saúde, prosperidade”. Raramente, no entanto, incluem nesta lista – este, aliás, pago para ver – um que vem muito a calhar para 2020: os votos de cidadania, a serem literalmente depositados nas urnas que hão de vir.
Afinal, passada a contagem regressiva tão aguardada da noite deste 31 de dezembro, entraremos em outra, a partir da 0h01 de 1º de janeiro: a das eleições municipais, cujo ‘réveillon’ acontece em outubro – se considerarmos a ‘virada’ para o primeiro turno, em todo o Brasil.
É a festa da democracia, mais uma no abarrotado calendário de feriados de 2020, para a qual não se costuma vestir-se de branco, estourar champanhe ou fogos (neste último caso, sem estampidos, pelo menos em Marília, por força de legislação municipal, à prova de seu primeiro réveillon).
É pelo voto, o das urnas mesmo, que nosso próximo Ano Novo precisa acontecer. É o momento, por excelência, em que todos têm o direito de responder às promessas de dias melhores desejadas por aqueles que decidiram fazê-las por você - e, eventualmente, não as cumpriu.
Aliás, quanto à qualidade de quem e do que se promete, basta que cada um examine a si mesmo acerca dos planos inadiáveis programados para 2019 e, de fato, cumpridos, para entender a suposta eficiência desta história de querer que a vida mude por força de calendário.
É que somos acostumados a aplicar este juízo apenas às campanhas eleitorais – o que ocorrerá em 2020. Mas, onde estávamos quando aquela obra não foi entregue ou mesmo caiu no esquecimento? Desejando boas festas? Ou também criando outras falsas promessas?
Que neste ‘Ano Novo’ não nos embriaguemos de tanta negligência e tenhamos a consciência de celebrar, nas urnas, o dever de escolher um governo comprometido em cumprir os desejos da cidade, seja qual for. Pense bem: próximo réveillon igual a este, só daqui a quatro anos.
Nota do editor: uma versão deste artigo foi publicada no jornal 'Espalha Fatos', do qual o 'Blog do Rodrigo' passou a ser um dos articulistas colaboradores. Clique no banner acima e vá direto ao perfil deste periódico no Facebook. É lá que você confere onde pode retirar gratuitamente os exemplares a cada edição.
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