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ENTRE CRUZES E COPOS

Foto do escritor: Rodrigo ViudesRodrigo Viudes

Atualizado: 8 de mai. de 2024

Apenas dois dedos de uma prosa sóbria da relação inebriante entre igrejas e bares pelo pastor assembleiano Richard Medeiros

Concorrência desleal?: antigo 'Bar do Araújo' entre duas igrejas evangélicas em Palmas (TO)

Quando Jesus me converteu a Ele, logo de início eu sempre ouvia: "cada nova igreja aberta é um boteco fechado. Que se fechem os botecos e que no lugar deles se abram igrejas". À época, acreditava nisso. Sei que essa frase, essa ideia, faz alusão contra ao alcoolismo, e todas a desgraça que isso faz às famílias.

Estamos em 2019. Não penso da mesma maneira. Vejo várias igrejas novas, com seus nomes extravagantes sendo abertas em tudo que é lugar, observo seus conceitos, suas ideias...

A maioria delas é produto de divisões, da volúpia humana por poder, por mandar, por ser semideuses. Pessoas que brigaram com seus pastores, que não "reconheceram seus dons e capacidades".

Agora pergunto: botecos 'honestos' ou igrejas 'que mentem'? Quem vai ao boteco, sabe o que vai encontrar, comprar, o que vai ser oferecidos, os amigos que lá encontram... Não há "falso botequismo".

A maioria dessas igrejas que citei pregam um pseudo evangelho. Iludem as pessoas usando o nome de Jesus, com liturgias extremamente bem elaboradas, emotivas, mas o evangelho é só um termo usado na construção da isca para "fisgar" seus clientes.

São igrejas personalistas, onde as fotos dos seus líderes aparecem mais do que a mensagem e a própria bíblia. É o personalismo que gira em torno do "líder que tem uma unção diferente". Cartazes de eventos com 'trocentas' pessoas que vão "transformar sua vida". Gente, tô cansado, enojado.

Outra coisa que preciso analisar são os "clientes" dessas igrejas. Pessoas que já rodaram tantas outras, que já se poderia construir uma roda gigante. Pessoas que estão em busca de soluções, e não desejando conhecer Jesus.

Esse modus operandi acontece porque o produto vendido potencializa a vaidade humana. A pessoa é fisgada pela necessidade de uma 'deidade', que afague seu ego e resolva seus problemas com a pressa que lhe apraz.

Enfim, é óbvio que não generalizo, mas a maioria esmagadora dessas igrejas sem embasamento no evangelho são anátema. Vivemos sim, no tempo da mais explícita e densa apostasia.

Apostasia essa que indica que vivemos o tempo do arrebatamento. Essas igrejas não falam sobre a volta de Jesus, porque isso não interessa. O reino é agora, é aqui.

Que o Eterno tenha misericórdia de nós, e que possamos ser a diferença nessa 'minoria' que ainda presa e tenta viver o evangelho de Jesus Cristo.

Quer saber? Prefiro a verdade dos botecos do que a falsidade dessas igrejas. No boteco, você sabe o que vai encontrar. Nessas igrejas, sabe Deus...

Richard Medeiros é pastor assembleiano e jornalista. Texto foi publicado pelo autor em seu perfil no Facebook (link aqui) e adaptado ao blog, com autorização.




 
 
 

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