Não escolha seu(sua) candidato(a) pela cara de(do) santinho. Uma reflexão dedicada aos cristãos que vão às urnas nas próximas eleições de outubro no Brasil.
Mais uma vez, uma multidão de candidatos disputará a fé do eleitor. São 28.216, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas para as eleições deste outubro de 2018, em todo o país. É gente disposta – ou não – a nos fazer acreditar em um futuro melhor.
Os eleitos se assentarão à esquerda, à direita e ao centro das cadeiras da Presidência da República, dos governos estaduais e do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados, do Senado (dois terços), das 27 assembleias estaduais e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Evidentemente, muitos ficarão para trás. Apenas os escolhidos pelo povo terão a honra de representá-lo por algum tempo com o compromisso de refletirem na atuação política o que professam ser em casa, no trabalho, na igreja, em grupo ou sozinho.
Por isso a importância de saber escolher, e bem, quem são aqueles a quem você devotará autoridade para administrar e legislar, na esperança de que o façam em prol da coletividade, e não em causa própria ou à mercê de grupos de má fé e interesses absolutamente escusos.
É necessário checar a idoneidade de quem se dispõe a ser candidato para qualquer cargo. Não é porque o rosto dele(a) aparece bonito na foto do santinho ou da propaganda da TV, do jornal, da revista, do panfleto ou da internet, que significa que esteja ‘puro’ na Justiça.
Afinal, candidatos mal intencionados são capazes de qualquer artifício estético e retórico para enganar a tantos quantos puderem, seja na campanha eleitoral gratuita, através de fake news, em propagandas pagas falaciosas e, sim, nos púlpitos.
Estas velhas raposas se aproveitam da influência econômica, ideológica e religiosa e da ingenuidade das pessoas para se transvestirem de cordeiros com toda desfaçatez, apesar de toda sorte de imundície judicial, moral e ética que mancha seu nome e sua imagem.
Cabe ao povo de Deus, que compreende ainda a maioria da população brasileira e uma significativa fração no poder de voto, a oportunidade de excluir da cena política todos aqueles que, cristãos ou não, desperdiçaram o privilégio de representá-lo.
Aliás, nestes tempos tão obscuros da humanidade, é necessário escolher o candidato mais por sua retidão e a viabilidade de suas propostas do que pela igreja que frequenta. Antes um ateu honesto do que mais um crente eleito nas barras do STF.
Ora, mas não temos quem se salve no Congresso Nacional, nos palácios e nas assembleias? Sim, há. Enquanto tratarmos de política como um ‘inferno’ ignoraremos os justos que nela militam e desestimularemos tantos outros que possam estar lá para fazer a diferença.
Por isso, pense bem antes de apertar as teclas da urna eletrônica em outubro. Em troca de quê você vai oferecer o seu sagrado direito de escolher uma autoridade? Cuidado. Quem negocia dignidade não conhece Deus. Age apenas em nome do voto.
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